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Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante crónica, imunomediada e degenerativa, cuja patogénese é influenciada por fatores genéticos e ambientais, que afeta o Sistema Nevoso Central (SNC).1,2,3 

Epidemiologia

Estima-se que afete cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo inteiro.4 A sua prevalência continua a crescer1,4,5,6, sendo mais prevalente em pessoas do sexo feminino.1,6 

Tipicamente, o diagnóstico é feito entre os 20 e os 30 anos de idade, embora o número de casos em pessoas com menos de 18 anos tenha aumentado.7 Cerca de 85% das pessoas com EM são inicialmente diagnosticadas com EM do tipo Surto -Remissão.4 A maioria dos doentes diagnosticados com EM aos 60 anos ou mais apresentam EM do tipo Progressiva.6

Os sintomas causados pela EM são a principal causa de morte em mais de 50% dos doentes, embora os casos de suicídio e infeções sejam mais comuns quando comparados com a população em geral.1

Fatores de risco

Atualmente, é amplamente reconhecido que os fatores ambientais, aliados à conjetura genética de cada indivíduo, influenciam a suscetibilidade e o curso da Esclerose Múltipla.1,8

 Os fatores de risco mais bem estabelecidos são infeção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) na adolescência ou fase inicial da vida adulta, exposição ativa ou passiva ao tabaco, falta de exposição solar, baixos níveis de vitamina D e obesidade durante a adolescência.1 Outros riscos menos estabelecidos incluem trabalho noturno, consumo excessivo de álcool ou cafeína e histórico de mononucleose infeciosa.1

Num estudo recente, os autores demonstraram que pessoas infetadas com EBV têm uma probabilidade 32 vezes superior em desenvolver EM, em comparação com as não infetadas.9

 Não há associação entre alguma dieta específica e o risco aumentado de desenvolver EM.8

Como alguns dos riscos são modificáveis, podem ser pensadas estratégias de prevenção, especialmente aquando do diagnóstico, já que parte destes fatores têm influência no curso e prognóstico da doença.1

Referências

  1. Filippi M, Bar-Or A, Piehl F, el al. Multiple sclerosis. Nat Rev Dis Primers. 2018 Nov 8;4(1):43.
  2. Dendrou CA, Fugger L, Friese MA. Immunopathology of multiple sclerosis. Nat Rev Immunol. 2015 Sep 15;15(9):545-58.
  3. Cerqueira JJ, Compston DAS, Geraldes R, et al. Time matters in multiple sclerosis: can early treatment and long-term follow-up ensure everyone benefits from the latest advances in multiple sclerosis? J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2018 Aug;89(8):844-850.
  4. The Multiple Sclerosis International Federation, Atlas of MS, 3rd Edition (September 2020).
  5. The Multiple Sclerosis International Federation, Atlas of MS, 2nd Edition (2013).
  6. Thompson AJ, Baranzini SE, Geurts J, Hemmer B, Ciccarelli O. Multiple sclerosis. Lancet. 2018;391(10130):1622-1636.
  7. McGinley MP, et al. Diagnosis and Treatment of Multiple Sclerosis: A Review. JAMA. 2021 Feb 23;325(8):765-779.
  8. Baecher-Allan C, Kaskow BJ, Weiner HL. Multiple Sclerosis: Mechanisms and Immunotherapy. Neuron. 2018 Feb 21;97(4):742-768.
  9. Bjornevik K, Cortese M, Healy BC, et al. Longitudinal analysis reveals high prevalence of Epstein-Barr virus associated with multiple sclerosis. Science. 2022;375(6578):296-301.

Recursos

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Eventos

Stand Alone Signs of change in MS

Em fevereiro deste ano, discutimos promovemos uma discussão sobre o futuro dos tratamentos para a Esclerose Múltipla e como a visão sobre a doença tem mudado.

Assista aqui à gravação do evento e encontre outros recursos relevantes.

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MAT-PT-2300883 |V1.0 | Setembro de 2023